Os Heróis da Estrada Não Hibernam

O frio chegou, os dias encurtam e as montanhas cobrem-se de branco. Para muitos, é o sinal de guardar a moto na garagem até à primavera. Mas para nós, os verdadeiros apaixonados pelas duas rodas, o espírito motard não conhece estações.

Mesmo quando o termómetro desce, há sempre um grupo de resistentes que continua a sentir o vento no rosto, a liberdade da estrada e o rugir dos motores a quebrar o silêncio gelado do inverno. São os heróis da estrada — aqueles que não trocam a paixão por comodidade.

Nesta altura, muitos aproveitam para cuidar da máquina, rever amigos, planear a próxima época e, claro, partilhar boas conversas em torno de um café quente. Porque ser motard é mais do que conduzir — é viver em comunidade, respeitar a estrada e manter acesa a chama da irmandade, mesmo quando o frio aperta.

Aos que continuam a rolar e aos que aguardam ansiosos o regresso do sol, a LUSOMOTARDS deixa uma mensagem clara:
O espírito motard não hiberna — apenas acelera em silêncio, à espera da próxima curva.

LUSOMOTARDS 
Unidos pela estrada, guiados pela paixão. 

Entrevista do mês: Um motard, uma história

A estrada é feita de curvas, quilómetros e histórias. Cada motard carrega consigo experiências únicas, memórias gravadas no capacete e amizades construídas ao longo do caminho.

Com o objetivo de dar voz à comunidade motard lusófona na Suíça, a LUSOMOTARDS lança uma nova rubrica mensal:

“Um Motard, Uma História”

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O espírito da rubrica

Todos os meses, o blog da LUSOMOTARDS vai destacar um motard ou clube associado, partilhando a sua história, os momentos marcantes, as motivações e o que significa para si viver sobre duas rodas.
Mais do que entrevistas, serão conversas de estrada, cheias de emoção, companheirismo e paixão pela vida motard.

“Ser motard não é apenas conduzir uma moto. É conduzir emoções, amizades e liberdade.”

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O primeiro convidado

A estreia desta rubrica contará com um membro de um dos clubes fundadores da LUSOMOTARDS, que partilhará a sua trajetória no mundo motard, as dificuldades e alegrias vividas entre encontros, concentrações e aventuras pelas montanhas suíças.
Cada história será um lembrete de que a irmandade motard é feita de pessoas reais e caminhos únicos.

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Partilha, inspiração e comunidade

O objetivo é inspirar — e também criar laços. Cada publicação será acompanhada de fotografias eventualmente excertos em vídeo, para que todos possam sentir o verdadeiro pulsar da vida motard.
Os leitores do blog poderão ainda sugerir nomes para as próximas entrevistas, ajudando a construir esta galeria de histórias autênticas.

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Junta-te à conversa

Se és motard e queres partilhar a tua história, envia uma mensagem através da página oficial da LUSOMOTARDS.
Queremos ouvir-te, conhecer-te e levar a tua voz às estradas digitais da irmandade lusófona!

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“Cada estrada tem um fim, mas cada história motard é eterna.”

Como preparar a tua moto para o inverno suíço

Com o frio a chegar e a neve a cobrir as montanhas, muitos motards dão por encerrada mais uma época de estrada.

Mas antes de guardar a moto até à primavera, é importante prepará-la para o inverno — e garantir que estará pronta para arrancar assim que o sol voltar a brilhar.

A LUSOMOTARDS partilha algumas dicas essenciais para proteger a tua máquina durante os meses frios e preservar a segurança e o desempenho.

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1. Limpeza geral e verificação completa

Antes de parar a moto por um período longo, lava-a bem, removendo poeira, lama e restos de insetos.
A sujidade acumulada pode danificar a pintura e as peças metálicas.
Aproveita também para verificar o estado dos travões, pneus e cabos — assim começas a nova época sem surpresas.

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2. Troca de óleo e cuidados com o motor

Mesmo que não tenhas feito muitos quilómetros, troca o óleo e o filtro antes do armazenamento.
O óleo velho pode conter impurezas que, com o tempo, prejudicam o motor.
Arranca a moto de vez em quando, se possível, para evitar que as peças fiquem imóveis por muito tempo.

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3. Desligar e cuidar da bateria

Durante o inverno, as baterias descarregam-se rapidamente com o frio.
O ideal é retirá-la e guardá-la num local seco e protegido, ou usar um carregador de manutenção (trickle charger) para evitar a descarga total.

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4. Proteção contra humidade e ferrugem

Aplica spray lubrificante nas partes metálicas e nos cabos para evitar a ferrugem.
Cobre a moto com uma capa respirável, nunca de plástico fechado, pois isso acumula humidade e danifica a pintura.

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5. Depósito cheio e combustível protegido

Enche o depósito antes de guardar a moto e adiciona um estabilizador de combustível — isso evita a oxidação e a formação de resíduos internos.

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6. Local de armazenamento

Se possível, guarda a moto num espaço fechado, seco e sem grandes variações de temperatura.
Evita deixá-la em contacto direto com o chão frio — podes usar um tapete de borracha ou madeira sob os pneus.

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Dica extra: mantém o espírito motard aceso!

Mesmo durante o inverno, o espírito motard não entra em hibernação.
Participa nas reuniões, acompanha as novidades da LUSOMOTARDS, planeia novos passeios e mantém viva a paixão pelas duas rodas.

A Saudação Motard: Um Gesto que Une Estradas e Corações

Há gestos simples que dizem tudo. Um deles é a saudação motard, aquele aceno discreto — dois dedos em “V”, a mão estendida, ou um leve aceno de cabeça — que acontece sempre que dois motociclistas se cruzam na estrada.

Mais do que uma tradição, é um sinal de respeito, camaradagem e união entre quem partilha a mesma paixão pelas duas rodas.

As Raízes de um Gesto Lendário

A história mais aceita sobre a origem da saudação em V remonta à Segunda Guerra Mundial. Segundo a lenda, o piloto britânico Barry Sheene, após uma vitória em pista, começou a usar o gesto para saudar a multidão, popularizando-o no contexto do motociclismo. No entanto, o "V de vitória" era já um símbolo de resistência e união popularizado por Winston Churchill. No contexto motard, este gesto foi rapidamente adotado, evoluindo para um cumprimento entre irmãos de duas rodas.

Outra teoria, talvez menos romântica mas igualmente pertinente, sugere que o gesto tem uma origem mais prática. Quando os motociclistas se cruzavam, o "V" era uma forma rápida e segura de cumprimentar, sem a necessidade de tirar a mão do guiador por muito tempo, mantendo o controlo da mota. Independentemente da sua exata origem, uma coisa é certa: a saudação em V tornou-se um pilar da cultura motard.

Mais do que um Gesto, um Código

O que torna a saudação em V tão especial não é apenas o ato físico, mas o que ele representa. É um código não-verbal que significa:

• Camaradagem: Reconhecimento mútuo entre indivíduos que partilham a mesma paixão pela estrada.

• Respeito: Um sinal de que "estamos juntos nisto", de que há uma irmandade que nos une.

• Segurança: Em alguns contextos, especialmente entre grupos de amigos ou clubes, pode ser um sinal rápido para indicar que está tudo bem ou para alertar para algo.

• Liberdade: A partilha de um estilo de vida que preza a liberdade, a aventura e a exploração.

Na Estrada e Nos Alpes Suíços: A União Permanente

Quer esteja a cruzar-se numa autoestrada movimentada em Portugal ou a percorrer as curvas desafiadoras dos Alpes Suíços, como na imagem que vos mostrámos anteriormente, a saudação em V permanece a mesma. É um elo invisível que conecta motociclistas de diferentes países, culturas e tipos de motas.

Na Lusomotards, acreditamos que este espírito de união é fundamental. Queremos promover essa camaradagem e respeito que a saudação em V simboliza. Por isso, da próxima vez que estiveres na estrada e vires outro motociclista, não hesites em levantar dois dedos. Pode ser um pequeno gesto, mas o seu significado é gigantesco.

“Boa viagem, irmão. Mantém-te seguro e desfruta da estrada.”

Por isso, da próxima vez que cruzares outro motard, levanta a mão.
Não é apenas um cumprimento — é o selo de uma irmandade sobre rodas.

E tu, qual é a tua experiência com a saudação em V? Partilhe connosco nos comentários!